Testemunhos

"É um privilégio trabalhar com intérpretes tão dedicados como o Pedro e o Titus. Este duo destaca-se pela sua enorme atenção ao detalhe, pelo cuidado imenso na preparação das obras e, claro, pela qualidade com que se apresentam, tanto ao vivo como em estúdio. São músicos do presente, empenhados na divulgação de música inovadora, com as mais diversas sensibilidades, promovendo a pluralidade artística de uma forma muito especial. É um gosto colaborar com o Euterpe Guitar Duo."

Ana Roque Antunes

"Do convite do Euterpe Guitar Duo para escrever uma obra a estrear no 1º Festival do Tejo de 2023, no Montijo, nasceu a obra CORO-mulheres no cais. A dimensão humana que marcou os incontáveis diálogos com o compositor, via internet e numa viagem de trabalho que os guitarristas fizeram ao Porto (Casa da Música) traçou linhas paralelas na busca infatigável de perfeição na transmissão do visível e do invisível da partitura. Raro sentido ético e profissional de ambos os músicos que deixou pelo caminho um rasto de emoção, cumplicidade, respeito e admiração de que dão testemunho estas memórias do rio Tejo, por estas mulheres do Tejo e de todos os rios."

Cândido Lima

"O Euterpe Guitar Duo, não só tem interesse em tocar música atual, como procura expandir o reportório nacional para guitarra clássica ao encomendar e estrear novas obras. Além de ambos serem dotados de uma extraordinária musicalidade, este tipo de projetos contribui de grande forma para o desenvolvimento cultural."

Fábio Chicotio

"O Euterpe Guitar Duo é um grupo de altíssima qualidade e com uma grande paixão pela música contemporânea portuguesa. Deram-me liberdade total no processo criativo e apresentaram-me uma gravação de altíssima qualidade. Tive a enorme felicidade de ver a minha peça "Afinação" ser estreada por dois excelentes músicos e não poderia estar mais satisfeito."

Francisco Chaves

"Ao contrário das outras artes, a criação musical necessita de um intermediário entre o autor e quem a frui. Não preciso de nenhum intérprete para apreciar o Moisés de Michelangelo. Só preciso de entrar na Igreja de San Pietro in Vincoli, numa rua perto de si em Roma, e pasmar com o assombro que lá está desde 1515 à minha espera, sentado e com chifres. Monte Oppio, assim se chama o bairro onde esta basílica se situa. Curiosa coincidência. Dele não precisamos para aceder à transcendência. 


Não desconversemos. A música, muito pelo contrário, precisa de um intermediário. É aqui que entra em cena o Euterpe Guitar Duo. Sem ele, o meu Políptico não seria mais do que uma simples abstracção: um somatório ininteligível de grafismos a descansar no túmulo do silêncio, sequestrado por gelos eternos: tudo e nada. Eis o mistério da arte musical. 

O risco do Pedro e do Titus é terrível. Têm também a responsabilidade do criador que, através das suas mãos taumaturgas, consultando o misterioso oráculo da sua capacidade exegética, recriam a obra, dando-lhe o próprio dom da vida. Padecem da Síndrome Fénix, conhecem bem a doença, suas causas e sintomas, e operam o milagre do sopro da vida insuflado num corpo álgido. Para isso, há um grande caminho por eles trilhado: tensões universitárias, cabedal de instrução. E uma coisa que nenhuma academia pode ou sabe dar: dom, talento, subtileza, capacidade de ascender à quintessência tantas, mas tantas vezes nesta gravação lograda. 


Olho para o Titus. Olho para o Pedro. E vem-me à memória o discurso de Marcelo para a comunidade portuguesa em Toronto, no Canadá, em meados de Setembro de 2023: “We are bacalhau!”. A palavra artista ganha aqui, com Marcelo, uma polissemia improvável. Corrija-se e devolva-se-lhe: “You are bacalhau!"

Eurico Carrapatoso

"Trabalhar com o Euterpe Guitar Duo na criação de uma obra musical foi uma experiência fantástica. São músicos altamente profissionais e a sua paixão pelo crescimento artístico é constante e inspiradora. Fico a aguardar por futuros projetos juntos."

Nuno Peixoto de Pinho